Flying Cloud
Veleiro Clipper mais rápido já construído.
O modelo do veleiro Flying Cloud foi lançado pela primeira vez no Brasil em 1980 pela Revell Kikoler. Nesta época fiquei fascinado por ele, porém devido a uma série de coisas guardei a caixa fechada em meu armário. Depois de 39 anos chegou o tempo e a oportunidade para montá-lo. Foi então, em 2019, que comecei o projeto de montagem do "Flying Cloud" sendo que ele foi o marco do meu retorno ao hobby de Plastimodelismo. Segue então o projeto de montagem do Flying Cloud.
Ficha do Modelo:
Modelo: Veleiro Clipper Flying Cloud;
Peças: 92 peças em 4 árvores e duas folhas com 22 velas do velame;
Tipo: Kit completo com veleiro de plástico;
País: Estados Unidos da América;
Fabricante: Revell/Kikoler do Brasil;
Nível de Dificuldade: Nível 5 - avançado - necessita de ferramentas, peças e cola - mais de 60 peças - muitos detalhes.
Características do Navio:
Construtor: : Donald McKay do Enoch Train & Co. of East Boston, Massachusetts
Lançamento: 15 de abril de
1851;
Situação Final: 19 de junho de 1874, vendido como sucata;
Comprimento: 225 pés (69 m);
Altura do maior mastros: 180 pés (55 m);
Boca: 41 pés 8 pol. (12,70 m);
Calado: 21 pés 6 pol. (6,55 m);
Propulsão: Velas - um mastro de proa e três mastros;
Deslocamento: 1.782 toneladas;
História:
Os
Clippers são um tipo de navio mercante que foram usados pela primeira vez após
a guerra Anglo-Americana (1812 a 1815). Eram veleiros extremamente rápidos e, após
1845, eram designados de acordo com a mercadoria transportada ou a zona
geográfica em que operavam.
Os
grandes Clipper Cutter foram navios mercantes, construídos após a Guerra de
Independência dos Estados Unidos da América. Eram vantajosos devido à grande
velocidade que possuíam, vindo a desaparecer devido à concorrência dos navios a
vapor, que não eram afetados por situações de calmaria existentes em quase
todas as rotas. Tinham a capacidade de percorrer grandes distâncias sem a
necessidade de abastecimento de carvão, o que dava vantagem ao Clipper sobre os
Barcos a vapor.
Os
Clippers tinham uma vantagem visível na velocidade e autonomia, o que os tornou
navios ideais para o transporte de chá entre a China e a Inglaterra. Essa
vantagem permitiu que os Clippers fossem operados até meados do século XX. A
perda da vantagem possuída pelos Clippers na rota do chá foi devida a abertura
do Canal de Suez, que cortou por menos da metade o tempo de travessia entre
Londres e Xangai.
A
idade do ouro dos veleiros americanos ocorreu em 1840, durante a corrida do
ouro na Califórnia. O transporte mercante entre Nova Iorque e São Francisco era
a principal rota comercial. Durante os primeiros dias da corrida do ouro um
navio mercante demorava mais de 200 dias para ir de Nova Iorque à São
Francisco, contornando o Cabo Horn em um percurso de 26.000 milhas. Foi em
1851, que foi lançado o Clipper Flying Cloud. Na época era considerado um navio
extremamente rápido e frequentemente chamado de Clipper Extremo, devido a suas
linhas modernas características de todos os cerca de sessenta Clippers projetados
e construídos por Donald McKay, que era considerado o principal desenhista de
veleiros da época. McKay foi o construtor de veleiros famosos como o Flying
Cloud, Lightning, Stag Hound, Sovereing of the Seas, Westward Ho, Great
Republic e outros.
Seis
semanas após lançado ao mar, o Flying Cloud realizou sua primeira grande
façanha, quando, em 1854, sob o comando do Capitão Josiah Perkins Cressey,
partiu de Nova Iorque e, contornando o Cabo Horn, chegou a São Francisco no
tempo recorde de 89 dias, 21 horas, que foi um recorde mundial noticiado em
todo o mundo. Esse recorde foi novamente batido em 1857, na mesma travessia,
quando reduziu em 13 horas o seu recorde anterior. A magnitude desse feito se
confirma no tempo em que esse recorde permaneceu durante 135 anos, só sendo
batido em 1989.
Em
1862 o Flying Cloud foi vendido para uma companhia Inglesa e começou a fazer a
linha entre a Inglaterra, Austrália e Nova Zelândia. Com o surgimento de
modernos navios a vapor o Flying Cloud foi perdendo a sua importância e passou
seus últimos anos de operação transportando toras de madeira entre St. John,
Newfoundland, no Canadá, e Londres, na Inglaterra.
Em 1874 o navio foi condenado e vendido para ser
desmontado, tendo sido queimado, em junho de 1875, pelo valor de sucata dos
equipamentos de cobre e ferro. Termina assim a história do Clipper mais rápido
já construído.
Montagem:
Instruções:
As instruções para a montagem vêm em duas folhas impressas frente e verso. As instruções são divididas em 14 etapas que abrangem montagem, pintura, colocação das velas e duas formas de colocação do cordame e cabos de laborar. Abaixo são apresentadas as ilustrações das instruções divididas por etapas de montagem:
 | | Figura 1 - Capa do Folheto de Instruções |
|
 | | Figura 2 - Primeira Etapa de Montagem |
|
 | | Figura 3 - Segunda Etapa de Montagem |
|
 | | Figura 4 - Terceira Etapa de Montagem |
|
 | | Figura 5 - Quarta Etapa de Montagem |
|
 | | Figura 6 - Quinta Etapa de Montagem |
|
 | | Figura 7 - Sexta Etapa de Montagem |
|
 | Figura 8 - Sétima, Oitava e Nona Etapas de Montagem
|
|
 | Figura 9 - Décima e Décima Primeira Etapas de Montagem
|
|
 | | Figura 10 - Décima Segunda Etapa de Montagem |
 | | Figura 11 - Decima Terceira e Décima Quarta Etapas de Montagem |
|
Pintura:
As instruções aconselham que as peças sejam pintadas individualmente, ainda nas árvores, a fim de que a montagem fique mais fácil. Fiz um planejamento de pintura usando as cores recomendadas pelo fabricante e algumas extraídas de pesquisa em fotos e imagens de outros modelos na internet. A figura abaixo apresenta a planilha com o projeto de pintura, discriminando as peças, etapas de montagem e cores a serem usadas. As tintas utilizadas na pintura do modelo são da ACRILEX. A pintura foi toda feita com pincéis.
 |
| Figura 12 -Plano de Pintura |
Seguem abaixo as imagens de antes e depois da pintura das peças ainda nas árvores:
 | | Figura 13 - Árvore do Casco - Antes |
|
 | | Figura 14 - Árvore do Casco - Depois |
|
 | | Figura 15 - Árvore dos Mastros e Convés - Antes |
|
 | | Figura 16 - Árvore dos Mastros e Convés - Depois |
|
 | | Figura 17 - Árvore das Vergas e Convés - Antes |
|
 | | Figura 18 - Árvore das Vergas e Convés - Depois |
|
 | | Figura 19 - Árvore dos Enfrechates dos Mastros |
|
 | | Figura 20 - Folhas com as Velas e Flâmulas |
|
Montagem do modelo:
Após o término da pintura inicial das peças separadamente e secagem, foi iniciada a montagem propriamente dita do modelo seguindo as etapas previstas nas instruções. Seguem as imagens da montagem do modelo:
Acabamento:
O veleiro foi finalizado com a passagem dos cabos e adriças do velame e o velame. Na sequência foi confeccionada uma base usando como material papel paraná. A base foi pintada com tinta marrom e terminada com uma camada de verniz para artesanato ACRILEX. Terminada a base o modelo foi colado. Passei uma camada de verniz em todo o conjunto. O modelo foi acondicionado em uma caixa de acetato para armazenamento e proteção. Seguem as fotos dessa etapa da montagem:
Conclusão:
Seguem as últimas fotos do modelo finalizado:
Referências:
Parabéns pelo trabalho realizado. Gostaria de fazer os meus barcos. Vc ministra curso?
ResponderExcluir(92)98169-1304
alexandrerochacorrea@gmail.com